quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Educar para o Património

Valores como o amor à natureza milenária, à nossa aldeia, com as suas ruas antigas e igrejas centenárias (muitas delas a precisarem de um restauro que as respeite), valores à arte, às tradições nobres e a todas as expressões-testemunho da vida colectiva, num passado comum; falam-nos das origens, animando o presente e desafiando-nos em relação ao futuro.
Não se trata somente de um saudosismo ingénuo, mas sim do aproveitar da riqueza, da força e do dinamismo que existe no nosso património.
Educar para o património é enquadrar todas as dimensões da nossa vida num passado, presente e futuro, e ao mesmo tempo, descobrir, respeitar e valorizar tudo aquilo que por ser maior e mais antigo que nos ajudará também a crescer.
Educar para o património pelo estabelecer de uma cooperação mais ampla e eficaz entre todos os cidadãos a título individual, empresários, colectividades, autarquias e organismos oficiais, verdadeiramente empenhados em servir o Património e não apenas servir-se do mesmo.
Deixo aqui uma reflexão:
que projectos concretos e autênticos de recuperação do património histórico, religioso, católico e artístico, têm sido concretizados entre nós, nos últimos tempos?
Ter orgulho do nosso património é divulga-lo a todos os níveis, é uma prática a promover, mas se ficarmos apenas pela divulgação, se não houver um investimento concreto na manutenção, conservação e restauro, perdemos a oportunidade de, no mínimo, exercitar a nossa co-responsabilidade e criatividade para manter vivo o nosso património.
Educar para o Património é também e sempre educar para a vida nas suas componentes de passado, presente e futuro, com tudo o que temos para aprender e ensinar, receber e dar, como é próprio do dinamismo da vida.

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